O grande Tostão!

Prata da casa do Cruzeiro,
ele é o maior artilheiro da história do clube com 249 gols em 373 jogos com o
manto celeste. Eduardo Gonçalves de
Andrade, o grande Tostão, nasceu no dia 25 de janeiro de 1947 em Belo
Horizonte. Indiscutivelmente um dos maiores craques que já desfilaram pelo cenário
do futebol brasileiro e um dos maiores ídolos da história celeste.
Iniciou a sua carreira nas categorias de base
do Cruzeiro em 1961, transferindo-se no ano seguinte para a base do América-MG.
Em 1963 retorna ao clube celeste, no qual sobe para a equipe profissional
atuando até 1972, ano em que se transferiu para o Vasco da Gama.
Pelo Cruzeiro Tostão
conquistou a Taça Brasil (1966), Campeonato Mineiro (1965 a 1969) e o Torneio
Início de Minas Gerais (1966) entre outros torneios regionais. Foi artilheiro
da última Taça de Prata (1970) com 12 gols, Campeonato Mineiro (1965 a 1968) e
das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970 com 10 gols. Fez parte do triângulo
mais famoso da história do futebol brasileiro, formado por Tostão, Piazza e
Dirceu Lopez. Foi decisivo na maior goleada sofrida pelo Santos de Pelé, por
6x2 no primeiro jogo da final da Taça Brasil de 66 no Mineirão. No jogo
seguinte o Cruzeiro se sagrou campeão ao derrotar a equipe santista por 3x2 em
São Paulo. Após o jogo foi chamado de o “Rei Branco” pela imprensa brasileira,
já que Pelé era o “Rei Negro”, mas rejeitava o apelido, pois pra ele, apenas Pelé
era o Rei.
Fez sua última partida pelo
clube no jogo contra o Nacional de Uberaba, em abril de 1972, o jogo acabou em
2x2, no mesmo ano transferiu-se para o Vasco da Gama, na maior transação da
história do futebol brasileiro até aquele ano. Pelo Vasco jogou 44 vezes
marcando 7 gols. Devido ao deslocamento da retina no olho esquerdo, trauma que
o jogador vinha enfrentando desde 1969, teve que “dependurar as chuteiras” aos
26 anos.
O Mineirinho de Ouro,
apelido pelo qual era chamado pela imprensa mineira, atuou 65 vezes pela
Seleção Brasileira e marcou 36 gols. Foi um dos grandes nomes da Copa de 70,
onde se sagrou campeão do mundo, sua maior conquista com a camisa “9” canarinha.
Sendo considerado pela imprensa europeia como o melhor jogador da Copa. O
craque que era dúvida para o mundial devido ao drama que vivia causado pelo deslocamento
da retina do olho esquerdo, foi uma das apostas de Zagallo o então técnico da
seleção. Zago foi feliz em sua aposta e o Brasil viu Tostão desfilar a sua
magia em campo, armando grandes jogadas e juntamente com Pelé e Cia, levou o
Brasil ao tricampeonato mundial.
Tostão ficou marcado pela
sua genialidade em campo, pela sua visão de jogo que sempre resultava em
grandes jogadas, além de suas cobranças de faltas. E após encerrar sua carreira
passou na escola de Medicina da UFMG e se dedicou a medicina, se tornando o Dr.
Eduardo. Em 1994 volta ao mundo do futebol, agora como comentarista esportivo,
em 1997 lança o livro “Lembranças, Opiniões e Reflexos sobre Futebol”, pela
editora DBA de São Paulo e hoje é colunista no jornal “Folha de S.Paulo”.
Por Rafael Barbosa